VELAS SEGUNDO A UMBANDA
Fonte: Wikipedia a Enciclopédia Livre.
Para
que servem?
Velas Coloridas?
Queimar
embaixo da Vela para fixar?
Acender
onde?
Dentro de Casa pode?
No alto ou no chão?
Acender Vela de cabeça para baixo?
Copo
d´água ao lado da Vela?
Porque?
Dentro
da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte
dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas superiores
ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das
forcas mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma especifica em
branca ou negra (ou como queira os puristas : Teurgia e Goecia), pois estes
aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forcas
cósmicas. Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa.
A
função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais,
é, no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido.
A pessoa se concentra (passo fundamental no ritual de acender velas. O
pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não
muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês :
“cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido” no que deseja e a função da
chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do
interessado.
Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem
acesas e outros detalhes que dizem respeito apenas aos iniciados e mestres.
Os verdadeiros médiuns podem, se quiserem ou melhor ainda, se merecerem,
aprender tudo sobre que suas entidades acharem por bem transmitir-lhes.
Não
temos uma noção exata, de quando se iniciou o uso das velas religiosamente, mas
seja em uma vela feita em parafina, cera, ou uma lamparina, esta chama possui
um calor e luz, e faz assim chamar a nossa atenção para irmos de encontro com o
nosso íntimo, buscarmos respostas e entrando em sintonia com os seres que nos
são afins…
O ato de acender uma vela, deve ser um ato de fé, de mentalização e,
concentração para a finalidade que se quer. É o momento em que o médium faz uma
“ponte mental”, entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade,
Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.
Muitas médiuns acendem velas para seus guias , de forma automática e mecânica,
sem nenhuma concentração. É preciso que tenha-se consciência do que esteja-se
fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia
emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas
viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de
vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a
esperança a fé e o amor.
Quem usar suas forças mentais com ajuda da “magia”das velas, no sentido de
ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o
fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativo (pensamentos de
ódio, vingança, etc…) , e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno
será Infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão
com as energias de quem as recebeu.
A intenção de acendermos uma vela, gera uma energia mental no cérebro; e essa
energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. Assim, mais uma vez
podemos dizer que: Nem sempre a quantidade está relacionada diretamente à
qualidade, a diferença estará na fé e mentalização do médium.
Desta forma, é inútil acreditar que, podemos “comprar favores”de uma entidade,
negociando com um valor maior de quantidade de velas….
Os espíritos, captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos,
quer acendamos velas ou não!
Aconselhamos a todos que , ao menos semanalmente acendam uma vela branca (ou
sete dias), para seu Anjo de Guarda. É uma forma de mantermos um “laço íntimo”,
de aproximação.
Em paradoxo, aconselhamos que se desejarem acender velas para um ente querido ,
já desencarnado, o façam em um lugar mais apropriado ( cemitério, igreja)
e não dentro de vossas casas; isto porque , ao mentalizarmos o desencarnado,
estamos entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando
este espírito literalmente, dentro de nossas casas. O que não seria o correto,
pois estaríamos fazendo com que fique mais “preso” ao mundo carnal, atrasando
assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos isso em um local apropriado,
estes locais já possuem “equipes de socorristas” e doutrinadores, na qual irão
ajudá-lo na compreensão e aceitação de seu desencarne (morte).
Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
Iluminadas, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e
possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem
dedicou.
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa
forma, o corpo ao espírito.
Acho
que um trecho merece especial destaque:
Muitas
médiuns acendem velas para seus guias , de forma automática e mecânica, sem
nenhuma concentração. É preciso que tenha-se consciência do que esteja-se
fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia
emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas
viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Depois
de um tempo, alguns médiuns começam a acender velas pros guias e
orixás, nas firmezas de início de trabalho, por exemplo, de forma quase que
mecânica. Como acaba se tornando uma rotina, alguns esquecem, mesmo, que cada
vez que se acende uma vela, se está praticando um pequeno ritual.
Assim, é super importante manter a concentração naquele momento e,
sobretudo, a fé. Se o ato de acender uma vela é a abertura de um canal com o
guia ou orixá, certamente a forma como ela vai ser acendida estabelece as
condições desse canal.
Quando a vela está relacionada a um pedido em especial, mais uma vez a fé e a
concentração são essenciais. Podem, mesmo, significar a diferença entre se
obter o resultado almejado ou não.
Quando
acendemos uma vela imantamos ela mentalmente com uma determinada intenção
acompanhada de sentimentos a qual passa a ser uma fonte emissora repetitiva
desta intenção e sentimento enquanto acesa. Ocorre que por vezes espíritos em
condições ainda sofríveis e necessitando de auxílio podem ali se achegarem
tanto para tentar absorver parte desta emissão ou na esperança que se alguém
conseguiu ali alguma ajuda ou alívio poderia eles também adquirir esta
graça.Não que tenham más intenções mas a simples presença deles(ou um
apenas)por estarem ainda em desequilíbrio podem afetar a harmonia do
ambiente.Portanto é mais fácil evitar-se tal prática do que estar sempre
sujeito a doutrinar constantemente tais espíritos visto que em nossa casa não é
o local propício para tal prática caritativa até por segurança. Explicasse aí
as restrições feitas pela parte da Espiritualidade que atua junto ao
Espiritismo quanto a evocações com intenções de doutrinação em reuniões
familiares, pois bem, o acender velas é uma forma de evocação inconsciente
também.
As velas acesas fora de casa não trazem qualquer problemas de ordem
espiritual; Nossos lares, desde que respeitando o mínimo de harmonia e
equilíbrio, possuem uma proteção natural advinda da Espiritualidade que
impedem o acesso de espíritos ainda em perturbação espiritual de qualquer
nível.
O uso magístico das velas remonta desde os tempos antigos o qual a Igreja
Católica combateu veemente com Tertuliano(200 dC) e Lactâncio(300 dC) por
acreditarem ser um costume pagão só aparecendo nos altares a partir do
século 4 até chegar ao uso popular motivado pelas mais diversas banalidades.Também foi a forma que religiosos
da Idade Média adotaram para desacreditar os poucos conhecedores de sua magia
pois assim como o ditado” quem conta um conto aumenta um ponto”, os leigos
acrescentariam
infantilidades e absurdos como também retirariam conceitos valiosos e
indispensáveis, porque a Igreja já perdia seu feudo intelectual(lembremos de
Galileu,Copérnico e dos contatos com povos com culturas diferentes dos
europeus)e como todo ensinamento esotérico é oral, esta seria a forma ideal
de deturpar tais ensinamentos.Resultado disto foi o uso indiscriminado das
velas onde talvez 90% dele é totalmente inócuo sem qualquer resultado, 8%
com resultados parciais e 2% com sua eficiência máxima.
Um ponto interessante de se ressaltar é que as velas(lucernae) também são
conhecidas por candeias e o dia consagrado as candeias é 2 de
fevereiro(lembram da Festa da Candelária que festeja-se Nossa Senhora das
Candeias que também existe o sincretismo com Yemanjá onde vários pontos
falam da “estrela brilhar no alto mar”? As velas ou candeias sempre foram
representações da luz das estrelas na Terra.)
As chamas das velas sempre tiveram vários significados: A luz divina, a luz
do conhecimento que dissipa as trevas da ignorância, a luz que guia os
desencarnados,o fogo purificador com o poder de consumir as energias
negativas, o símbolo da letra Hebraica Iod que representa Deus, etc.
Quanto as velas para Anjo da Guarda e Orixás existe uma diferença embora
Eles situam-se no mesmo plano evolucional.As
velas para Anjos da Guarda são invariavelmente de cor branca podendo ser acesas
no interior de nossas
casas; Já as velas para Orixás deve-se respeitar as cores em que vibram e
somente acendemos no interior de nossas casas se possuímos um Altar com a
representatividade Deles (sejam imagens ou elementos naturais -pedra>
Xangô – ferro>Ogum -água de cachoeira> Oxum, etc) devidamente
entronizada, caso contrário devem ser acesas nos campos vibratórios de cada
um(Xangô>pedreira – Ogum> centro de encruzilhadas – Oxum>
cachoeiras,rios ou lagos – etc). Na Umbanda quando você acende velas para
Orixás ou é como oferenda ou como obrigação e por isso tanto uma como outra só
é bem feita quando obedecemos os rituais e normas do Sagrado pois mesmo que
tenhamos a melhor das intenções ela não modificará o fato que se deitando uma
oferenda ou obrigação de forma e/ou local errados terá sido em vão.
Poucas pessoas fazem a entronização das imagens em um Altar particular já
que em casa não há como firmar os pontos de segurança e irradiação,comuns e
necessários nos Templos sérios e honestos porém inviáveis em solo não
sagrado e fundamentado. Daí salientamos que em casa devemos ter imagens
devidamente cruzadas pelo Mentor Espiritual do Templo;Desta forma as imagens
deixam de ser peças decorativas sendo assim entronizadas como parte do Sagrado
em nosso lar e além da vela de nosso Anjo de Guarda,a vela direcionada ao
Criador assume a função de “ponto de luz irradiante individual”e/ou “ponto de
luz irradiante ambiental” e não de “ponto de luz
atrativo” ou “ponto de luz emissor magnetizado”.
Irradiante Individual= Serve de ponte entre o ápice da Espiritualidade
Superior e para a pessoa que acende ou para quem se acende,onde a energia
enviada do Astral Superior irradia na direção da Coroa de quem acendeu ou da
Coroa para quem se acendeu.
Irradiante
Ambiental= Serve também de ponte só que a energia irradia na
direção do ambiente(é o caso da vela acesa no topo do altar dos Templos).
Atrativo=Obedecendo
algumas regras magisticas servem para invocar.
Emissor
Magnetizado= São as velas que acendemos para efetuar pedidos ,
agradecimentos ou intenções.
Assim
como nós, adeptos e Guias da Umbanda fazemos o uso adequado das velas no
sentido da caridade, da gratidão e da solicitação de ajuda, existem
aqueles que em locais duvidosos distantes das práticas morais elevadas
também fazem uso delas para práticas condenáveis que visam o prejuízo do
próximo, onde a prática da magia negra é comum como, por exemplo, no quase
extinto Banguelê onde fabricam as velas manualmente à base de gorduras de
determinados animais, pavios à base de crinas ,cabelos ,cipós e/ou raízes para
que em conjunto com conjuros e sinais traçados atentam contra a integridade
física e/ou espiritual de alguém .
Velas
coloridas relacionam diretamente com a Linha que a Entidade que
trabalha da mesma forma que as pembas.O seu uso depende das normas
ritualísticas do Templo que pode adota-las freqüentemente, em ocasiões
especiais ou sequer utiliza-las.
A correspondência cor-Orixás e falanges com
algumas variações normalmente são:
Oxalá =
Branca
Oxossi = Verde
Xangô = Marrom, Amarela
Ogum =Vermelha
Yemanjá = Azul
Oxum = Azul
Iansã = Amarela
Omulú =Branca
Nana = Roxa
Ibeiji = Rosa, Branca
Ossãe = Amarela
Pretos Velhos = Branca, Azul
Caboclos = Verde, Marrom, Vermelha, Amarela, Branca
Marinheiros = Azul , Branca
Boiadeiros = Marrom,Verde,Roxa, Branca
Baianos = Marrom, Branca
Orientais = Amarela, Branca
Exus = Vermelha,Preta , Branca
O
melhor lugar pra acender velas pra Orixás seja o reino de cada um. Só que,
infelizmente, nem sempre isso é possível.
1
– Digamos que alguém não tenha um altar devidamente preparado em casa (com os
elementos próprios, como você mencionou no texto), quais as implicações de
acender velas pros seus orixás dentro de casa? Se houver concentração e fé por
parte de quem oferece/acende a vela, ainda assim ela se tornará um ponto de
atração para algum espírito necessitado de ajuda?
2
– E se, nas mesmas condições, a vela for acesa por um médium que tem suas
próprias firmezas, rituais, etc.?
3
– No meu terreiro orienta-se que, quando a pessoa (que não tenha suas
firmezas) for acender uma vela sem que tenha sido por ordem/pedido de uma
entidade, que acenda somente a de cor branca. Qual a interferência da cor,
se houver, nesse caso?
Acredito
que a vela para o Orixá é como para o Anjo da Guarda,ou seja, uma
vez acesas dentro de casa num local acima de nossas cabeças não haveria
qualquer problema porque o canal vibratório de comunicação pessoa-Anjo ou
Orixá não seria atrativo devido ao alto teor espiritual.Pode
partir(iniciar)
de um ser imperfeito(nós) porém é dirigida a um plano espiritual de
altíssima elevação e creio que por isso possa não só ser percebido
astralmente por espíritos em desequilíbrio como também agiria como uma
defesa natural para nosso lar.
Creio também que nas condições descritas pela irmã,a vela branca é sempre a
mais indicada.
Contudo
o mais prudente de nossa parte é sempre nos aconselharmos junto ao Mentor Espiritual
de nosso Templo(Guia Chefe) sobre para quem, quando,como , com que freqüência e
de que tipo de vela podemos acender;Afinal, se estamos em um Templo,parte de
nossa segurança é promovida também pelos Guias responsáveis por ele e tenho a
certeza absoluta que esses dedicados e amorosos Guias terão a maior disposição
e satisfação em orientar-nos.São os Guias os nossos verdadeiros Mestres que
sabem com exatidão o que é melhor para nós. Posso eu aqui encontrar um milhão
de impedimentos e se um Guia disser “faça que eu protejo”, simplesmente meu um
milhão de impedimentos perdem totalmente seu valor. Lógico que aqui falo de
Guias que manifestam nos Templos sérios e honestos de nossa querida Umbanda.
Então
quando diz ser desaconselhável acender as velas em casa, refere-se a
entidades?
Sabe,
isso levanta uma questão interessante: até que ponto a concentração e
fé de quem acende a vela influencia e até que ponto ela, por si, não é
suficiente para que se atinja o fim desejado (ou para que quem receba a
referida vela seja aquele a quem a dirigimos)?
Não
sei se consegui me explicar bem, mas entendo assim… de um lado, você
tem a concentração e a fé (não dá pra dispensar essa, já que pode ser fator
decisivo), mas de outro tem a abertura de canais, a preparação do médium com as
suas firmezas e demais rituais.
Com
certeza o ideal é que se tenha as duas coisas, mas me pergunto qual o
peso de um e de outro nesse momento.
O que acham?
Alguém saberia explicar qual o significado do derretimento das velas, pois
alguns dizem que dependendo da forma q ela derrete tem um significado
diferente, certa vez meu pai acendeu uma vela para xangô e a cera da vela
formou uma imagem parecida com a imagem por nós sincretizadas de S.
Gerônimo. Certa vez minha prima perdeu um filho na véspera do parto e ao
acender uma vela para o anjo de guarda dele, a vela se derreteu formando um
feto preso pelo pescoço com um cordão, o bebê tinha falecido por asfixia
causada pelo cordão umbilical…
Outras cores,
outra opção:
Para as esferas das entidades:
Anjo
da Guarda – Branca
Caboclo de Ogum – Branca e Vermelha, Vermelha
Caboclo de Oxóssi – Verde
Caboclo de Xangô – Marrom
Caboclas – Branca e Verde
Yemanjá – Azul Claro
Oxum – Azul Anil
Yansã – Laranja
Nanã – Lilás
Boiadeiro – Branca
Marinheiro – Branca e Azul
Baiano – Branca
Criança-Rosa
Pretos-Velhos – Branca e Preta
Pretas-Velhas – Branca e Preta, Roxa
Exú – Preta, Vermelha e Preta
Pombo-Gira – Vermelha
Na
esfera dos Orixás:
Ogum
– Azul Marinho
Oxumarê – Amarela e Verde
Xangô – Marrom
Obaluayê (Omulu) – Branca e Preta ou Amarela e Preta
Oxóssi – Verde
Ossãe – Branca e Verde
Logun Edé – Azul Marinho, Amarela e Verde
Nanã – Lilás
Obá – Vermelha, e Amarela
Oxum – Amarela
Yemanjá – Azul Clara
Ewá – Rosa (o tom mais forte)
Iansã – Laranja
Tempo (Iroko) – Branca, Marrom e Verde
Oxalá – Branca